sábado, 30 de maio de 2009

23:30h no msn com uma amiga e ele....

Eu digo:
*ele chegou!!! o que eu façoo???????? ele não falou comigo... eu não falei com ele... aaiinnnn... borboletas na barriga...

ela diz:
*ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
*ele não fala nada?

Eu digo:
*o que eu façooo??? puxo assunto???

ela diz:
*fica entrando e saindo do msn!!!
*e muda seu nome pra: "oi carlos* cheguei"


[nomes obviamente modificados....]


o que seria de mim sem as minhas amigas....

quarta-feira, 27 de maio de 2009

horar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.

[Paloma Cruz]

ds micos do 1º encontro

Fomos sentar no barzinho, qdo o cara puxa uma cadeira...dou a volta na mesa pra sentar na outra cadeira..qdo ele puxa a outra cadeira:

Eu: Vai sentar nas duas?

Ele: Não, puxei pra vc sentar...
Começou com uma coisa boba...e de repente custou uma coisa cara...Engraçado como as vezes me surpreendo comigo mesma...Senti vontade de chegar em casa deitar na cama da minha mãe e perguntar pra minha mãe se eu podia nunca mais sair de casa..

Crescer é tão dificil, apesar das pessoas acharem que eu ainda não cresci, sinto que não sou a mesma...alguma coisa aqui dentro mudou...

Doeu ouvir algumas coisas...
Com vcs: Caio Fernando Abreu
Harriett

Para Luzia Peltier, que soube dela

"No fundo do peito, esse fruto apodrecendo
a cada dentada."
(Macalé & Duda Machado: Hotel das Estrelas)



Chamava-se Harriett, mas não era loura. As pessoas sempre esperavam dela coisas como longas tranças, olhos azuis e voz mansa. Espantavam-se com os ombros largos, a cabeleira meio áspera, o rosto marcado e duro, os olhos escurecidos. Harriett não brincava com os outros quando a gente era criança. Harriett ficava sozinha o tempo todo. Mesmo assim, as pessoas gostavam dela.
Quase todo mundo foi na estação quando eles foram embora para a capital. Ela estava debruçada na janela, com os cabelos ásperos em torno das maçãs salientes. Eu fiquei olhando para Harriett sem conseguir imaginá-la no meio dos edifícios e dos automóveis. Acho que senti pena - e acho que ela sentiu que eu sentia pena dela, porque de repente fez uma coisa completamente inesperada. Harriett desceu do trem e me deu um beijo no rosto. Um beijo duro e seco. Qualquer coisa como uma vergonha de gostar.
Essa foi a primeira vez que eu vi os pés dela. Estavam descalços e um pouco sujos. Os pés dela eram os pés que a gente esperava de uma Harriett. Pequenos e brancos, de unhas azuladas como de criança. Eu queria muito ficar olhando para seus pés porque achei que só tinha descoberto Harriett na hora dela ir embora. Mas o trem se foi. E ela não olhou pela janela.
Um tempo depois a gente viu uma fotografia dela numa revista, com um vestido de baile. Harriett era manequim na capital. Todo mundo falou e comprou a revista. Quase todos os dias a gente via a foto dela nos jornais. Harriett era famosa. A cidade adorava ela, mas ela nunca escreveu uma carta para ninguém.
Muito tempo depois, eu a vi outra vez. Eu estava trabalhando num jornal e tinha que fazer uma entrevista com ela. Harriett estava sozinha e não ficou feliz em me ver. Continuava grande e consumida e tinha nos olhos uma sombra cheia de dor. Fumava. Falei da cidade, das pessoas, das ruas - mas ela pareceu não lembrar. Contou-me de seus filmes, seus desfiles, suas viagens - contou-me tudo com uma voz lenta e rouca. Depois, sem que eu entendesse por que, mostrou-me uma coisa que ela tinha escrito. Uma coisa triste parecida com uma carta. Tinha um pedaço que nunca mais consegui esquecer, e que falava assim:

sabe que o meu gostar por você chegou a ser
amor pois se eu me comovia vendo você pois
se eu acordava no meio da noite só pra ver
você dormindo meu Deus como você me doía
vezenquando eu vou ficar esperando você
numa tarde cinzenta de inverno bem no meio
duma praça então meus braços não vão ser
suficientes para abraçar você e a minha voz
vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu
vou ficar calada um tempo enorme só olhando
você sem dizer nada só olhando olhando e
pensando meu Deus ah meus Deus como você
me dói vezenquando

Quando terminei de ler, tinha vontade de chorar e fiquei uma porção de tempo olhando para os pés dela. E pensei que ela parecia ter escrito aquilo com seus pés de criança, não com as mãos ossudas. Eu disse para Harriett que era lindo, mas ela me olhou com aquela cara dura que a gente não esperava de uma Harriett e disse que não adiantava nada ser lindo. Tive vontade de fazer alguma coisa por ela. Mas eu só tinha uma vaga numa pensão ordinária e um número de telefone sempre estragado. Eu não podia fazer nada. E se pudesse, ela também não deixaria. Fui embora com a impressão de que ela queria dizer alguma coisa.
Três dias depois a gente soube que ela tinha tomado um monte de comprimidos para dormir, cortou os pulsos e enfiou a cabeça no forno do fogão a gás. Foi muita gente no enterro e ficaram inventando histórias sujas e tristes. Mas ninguém soube. Ninguém soube nunca dos pés de Harriett. Só eu. Um desses invernos eu vou encontrar com ela no meio duma praça cinzenta e vou ficar uma porção de tempo sem dizer nada só olhando e pensando: que pena - que pena, Harriett, você não ter sido loura. Vezenquando, pelo menos.
Acho que estraguei, olha aí vê o que dá pra salvar, acho que quebrei tudo..nada tá funcionando como antes.
A válvula de humor tá desregulada, tô mudando de humor toda hora. O botão de carência emperrou, tô carente faz um século já, e nada que eu faça me tira isso.
Arruma esse coração aí, ele tá despedaçado, tentei dar uma coladinha encanando em um cara..mas com um coração duro assim não há colinha (ou
carinha) que consiga juntar ele..
Já que vai refazer tudo, vê onde tá aquele programa que faz a gente acreditar nas pessoas de novo?
Não tem como dar uma zeradinha na memória? Tá meio cheia e me enchendo, ontem eu vi a cena do meu primeiro namorado umas três vezes antes de dormir, e toda hora passa o filminho da minha ultima paixonite.
Ah! Já ia esquecendo, a torneira do choro também tá zuada, tá pingando lagrima direto.Falei que tava tudo quebrado, nada funcionando?Não me
pergunte o que aconteceu, quer dizer, eu sei..como diz meu pai eu tenho um "pinto" porque onde coloco a mão ou mexo fode..da pra dar uma calibrada na auto-estima?
A lingua também tá difícil de controlar, de repente saem palavras da minha boca, não consigo filtrar o que dizer e acabo falando coisas que não devo..
Dá um jeito aí, vê se dá pra salvar alguma coisa, pq eu não agüento mais ficar assim toda sem saber qual será minha reação, nem o que eu penso mais
está sob controle!A tecla "F" que demorei tanto tempo pra começar a usar tá meio desgastada de tanto usar..repõe pra mim?
Acho que vai demorar pra consertar tudo né?

*outras pessoas*

"Começou com uma coisa boba...e de repente custou uma coisa cara...Engraçado como as vezes me surpreendo comigo mesma...Senti vontade de chegar em casa deitar na cama da minha mãe e perguntar pra minha mãe se eu podia nunca mais sair de casa..

Crescer é tão dificil, apesar das pessoas acharem que eu ainda não cresci, sinto que não sou a mesma...alguma coisa aqui dentro mudou...

Doeu ouvir algumas coisas..."


[Paloma Cruz]

Amiga no msn...

ELA: owww dilema....

EU: o que foi??

ELA: tem duas calouradas no memso dia e nao tenho vontade de ir a nenhuma....

EU: ¬¬

ter amigos muda a vida....