segunda-feira, 25 de novembro de 2013



Você passa a maior parte do tempo, tentando entender, porque você nunca consegue entender, justamente o que você está tentando entender. 
Passe mais tempo vivendo. Você passa a maior parte do tempo, procurando pelo amor que estará à procura do seu amor, você ama guardar o seu amor para o amor. Passe mais tempo amando. 
Você passa a maior parte do tempo, falando de si mesmo e como isso é importante para seu ego, mais do que para qualquer outra pessoa. Passe mais tempo ouvindo.
 Você passa a maior parte do tempo, julgando tudo como se até soubesse de alguma coisa, há mais nas coisas do que somente uma coisa. Passe mais tempo respeitando. 
Você passa a maior parte do tempo, preocupado com o que irão dizer sobre suas maneiras bobas, e isso não é bobo, afinal de contas? Passe mais tempo fluindo. 


 Tiago Iorc (via revejo)

Pois é.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Quando o amor anda sozinho…

…E quando o amor precisa de nós


Por um tempo o amor funciona por si só, naquela fase em que os passionais pombinhos MC´s tocam de ouvido o chacoalhante rhythm and blues das coincidências –a gente curte os mesmos livros, os mesmos discos, os mesmos filmes do Kubrick, todo mundo ama Nina Simone bêbado na madruga e somos felizes, naquela manhã, para sempre.

É um tempo assim Galileo Galilei, pura gala, e pur si muove, como a terra.
É simples: por um tempo o amor funciona por si só, dita o ritmo, a prova dos 9, o gabarito, e o free style do jazz é todo certo mesmo quando todo errado e seguimos. Mesmo quando apenas repete o batuque zumbi das nossas neuroses ainda em compasso pianinho das sístoles & diástoles.

Por um tempo o amor funciona por si só e pisamos no pé um do outro, no dois pra lá dois pra cá, por puro charme, somente para revelar um certo desatino –afinal de contas quem vai acreditar em um amor assim todo ensaio de orquestra, meu velho?

O amor por si só, assim como o “quizas quizas quizas” do bolero ou a paradinha certeira do cha-cha-cha, se gasta, gracias, ainda bem, foi bonito, agora vem a cumbia da devoção ou o brega do merecimento.

Mas todo cuidado é pouco: ridículo fazer desse tempo do amor “por si se move” um apocalipse precoce, como alguém que conheço, que sempre se martiriza e põe tudo a perder de novo: “Isso não pode estar acontecendo comigo, isso é uma farsa, será um desastre”.
E, descrente, sai em desabalada carreira de cada homem.

Por não viver o por si só do amor, neguinha(o), descrente, sarta fora. Aí não vive nem isso nem aquilo. Mal sabe o que vai perder logo adiante: a transição para um amor possivelmente conduzido por nós, um amor que precisará de algumas coisas leves e de alguns dos 12 mitológicos trabalhos de Hércules, um amor que não anda mais com seus próprios pés.

Prefiro. Bom mesmo é quando falta a gasolina azul do amor por si só  e temos que inventar novos combustíveis e fazer das duas rodas dos óculos os pneus das nossas imaginárias bicicletas.
Como ainda estou em uma fase do luto Lou Reed, é obrigatório, por exemplo, nessa fase de transição, beber sangria no parque, como ele canta na faixa “Perfec day”. Escute e me diga.
Pode ser no quintal de casa, na varanda, na pia da kitinete, pode ser vinho jurubeba com maçã da Mônica que sobrou da sua filha, o importante é fazer uma graça com a moça.

Pode ser também num restaurante espanhol de San Pablo, tarde de domingo, sua alma como touro imbatível que avança sobre todas as coisas vermelhas do universo. Você se acha e isso é teu breve triunfo sobre a velha da foice.Vale.

O importante é não deixar o amor a pé, entre o que ele achava que seria e o que ele acha que já é.
É preciso sacar de mobilidade amorosa, fazer dos dois aros dos seus óculos as rodas de uma imaginária bicicleta, é preciso botar o amor nas costas, pobrezinho agora carece de você, como um sleep-bag precisa do sonho de um hippie para se sentir inaugurado pelo universo.

Pegue um ônibus, compre um pacote barato, faça alguma coisa, viaje com o bofe ou com a mina, o amor gosta de sair do canto, nem que seja para espantar borrachudos na pele um do outro em uma praia chuvosa.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sobre casamento e casamentos...


"Estando casado apenas por um ano e meio, eu recentemente cheguei à conclusão de que casamento não é para mim.
Agora, antes que você comece a imaginar coisas, continue lendo.
Eu conheci minha esposa na escola, quando tínhamos 15 anos. Nós éramos amigos havia dez anos, até que…  até que decidimos que não queríamos ser apenas amigos. Eu recomendo fortemente que melhores amigos se apaixonem. Haverá bons tempos para todos.
No entanto, me apaixonar por minha melhor amiga não me impediu de ter certos medos e ansiedades sobre me casar. Quanto mais eu e Kim nos aproximamos da decisão de nos casarmos, mais eu fui tomado por um medo paralisante. Eu estava pronto? Eu estava fazendo a escolha correta? Kim era a pessoa certa para mim? Ela me faria feliz?
Então, certa noite, eu compartilhei esses pensamentos e preocupações com meu pai.
Talvez cada um de nós tenha momentos em nossas vidas em que parece que o tempo fica mais lento, ou o ar fica parado, e tudo ao nosso redor parece encolher, marcando aquele momento que você nunca vai esquecer.
Meu pai dando suas respostas às minhas preocupações foi um grande momento para mim. Com um sábio sorriso ele disse, “Seth, você está sendo totalmente egoísta. Então eu vou simplificar as coisas: casamento não é para você. Você não se casa para ser feliz, você se casa para fazer alguém feliz. Mais que isso, seu casamento não é para você, você está casando para uma família. Não apenas para os parentes e todas essas besteiras, mas pelos seus futuros filhos. Quem você quer que te ajude a criá-los?  Quem você quer que os influencie? Casamento não é para você. Não é sobre você.Casamento é sobre a pessoa com quem você se casou.”
Foi nesse exato momento que eu soube que Kim era a pessoa certa para mim. Eu percebi que eu queria fazê-la felizvê-la sorrir todos os dias, vê-la gargalhar todos os dias. Eu queria ser parte da família dela, e a minha família queria que ela fosse parte da nossa. E lembrando de todas as vezes em que a vi brincando com meus sobrinhos, eu soube que ela era a pessoa com quem eu gostaria de construir nossa própria família.
O conselho de meu pai foi ao mesmo tempo chocante e revelador. Foi na contramão da “filosofia Walmart” de hoje, que é: se não te faz feliz, você pode devolver e pegar um novo.
Não, um verdadeiro casamento (e um verdadeiro amor) nunca é centrado em você. É centrado na pessoa que você ama – seus desejos, suas necessidades, suas esperanças, e seus sonhos. O egoísmo exige: “O que há aí para mim?”, enquanto o amor pergunta: “O que eu posso dar?”
Há algum tempo, minha esposa me mostrou o que é amar sem egoísmo. Por muitos meses, meu coração endureceu com uma mistura de medo e ressentimento. Então, quando a pressão chegou a um nível insuportável, as emoções explodiram. Eu era insensível. Eu era egoísta.
Mas, ao invés de se igualar ao meu egoísmo, Kim fez algo além do maravilhoso – ela mostrou um transbordamento deamor. Deixando toda a dor e angústia que eu havia causado, ela amorosamente me tomou em meus braços e acalmou minha alma.
Eu percebi que tinha esquecido o conselho do meu pai. Enquanto o lado de Kim no casamento tinha sido me amar, meulado do casamento era só sobre mim. Essa terrível descoberta me levou às lágrimas, e eu prometi à minha esposa que iria tentar ser melhor.
Para todos que estão lendo esse texto – casados, quase casados, solteiros, ou mesmo solteirão ou solteirona – eu quero que você saiba que casamento não é para você. Nenhuma relação de amor verdadeiro é para você. O amor é para a pessoa que você ama.
E, paradoxalmente, quanto mais você verdadeiramente ama essa pessoa, mais você recebe. E não apenas dessa pessoa, mas dos amigos dela e da família dela e milhares de outras pessoas que você nunca teria conhecido se seu amor permanecesse egoísta.
Na verdade, amor e casamento não são para você. São para os outros."
Tradução de http://sethadamsmith.com/2013/11/02/marriage-isnt-for-you/

extraído do blog: http://zcla.wordpress.com/2013/11/07/casamento-nao-e-para-voce/

terça-feira, 30 de julho de 2013

Namora uma mulher que lê



Namora uma mulher que lê. Namora uma mulher que gaste o dinheiro dela mais em livros do que em roupas. Ok, ela se perde um pouco na arrumação da casa, mas é porque tem livros demais. Namora uma moça que tenha uma lista de livros pra ler, que tenha uma carteirinha da biblioteca desde a primeira infância.

Encontra uma mulher que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro dentro da bolsa. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um gritinho surdo ao encontrar o livro procurado. Vês aquela moça com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros de segunda mão? É a leitora. Para ela, o cheiro das páginas, sobretudo quando ficam amarelas, é perfume!

Ela é a garota que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a xícara, percebes que o calor já se foi, perdidos, os dois, ela e o café, em um mundo feito pelo autor. Senta. Admira-a de relance, porque a maior parte das mulheres que lêem não gostam de ser interrompidas. Oferece-lhe outra xícara de café.

Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Pergunta-lhe se gosta de Clarice. Ou se gostaria de ser Alice.

É fácil namorar uma moça que lê. No seu aniversário, no Natal e em datas especiais, dê-lhe livros. Ofereça-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Ofereça-lhe Neruda, Pound, Sexton, cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Que sabes a diferença entre os livros e a realidade.

Minta. Uma vez, duas, deslavadamente. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo. 

Trate de desiludi-la. Porque uma mulher que lê compreende que o fracasso conduz sempre ao clímax. E que todas as coisas chegam ao fim. Que sempre há a possibilidade de se escrever uma sequência. Que pode-se começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.

Temes que ela descubra tudo o que não és? As mulheres que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem [exceto na saga Crepúsculo]. E quando a vires acordada às duas da manhã, chorando, com um livro contra o peito, envolva-a com um abraço. Prepara-lhe um chá. Podes perdê-la por uma ou duas horas, mas ela volta para ti.

Quando menos perceberes, já está: alugas um balão de ar quente e te declaras. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente, pelo skype. Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar aos seus filhos o Gato de Botas e Aslam - talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das botas.

Namora uma mulher que lê, porque tu mereces. Mereces uma mulher que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. A não ser que prefiras a monotonia, horas requentadas, propostas meia-boca... Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma mulher que lê. 

Ou, melhor ainda, namora uma mulher que escreve."



*






* do original Date a girl who reads, de Rosemary Urquico [adaptado da versão portuguesa "Namora uma Rapariga que Lê"]. ** e gata, não seja assim tão literal: se seus olhos conduzem-na biblicamente para meninos, ótimo! não se reprima! namora um homem que lê. ou, melhor ainda, um que escreva.


terça-feira, 4 de junho de 2013

essa sinestesia....

Da esquerda soa, no último volume, uma música antiga e famosa. “Vamos entrando!”, grita alguém do outro lado. Atrás, um grupo de jovens dá risada e, em algum lugar, uma criança berra. Simultaneamente, brilham e reluzem por toda parte luzes coloridas, enquanto nossos olhos tentam acompanhar os loopings da montanha-russa. O tumulto de um parque de diversões inunda nossos sentidos. E talvez o programa não fosse tão bom sem essa multiplicidade de estímulos, sem a concentração de pessoas, o empurra-empurra e o acotovelamento, sem o sorvete na mão ou o cheiro de algodão-doce e pipoca.



(http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/carrossel_sentidos.htm)

sábado, 23 de março de 2013

MANTRA



(Maria Rita)

A paixão é como Deus
Que quando quer
Me toma todo o pensamento
Dirige os meus movimentos
Meu passo é teu
Meu pulso é desse todo poderoso sentimento



domingo, 30 de dezembro de 2012

Martha?


 Por que as pessoas entram na sua vida? Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir. 

 Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação". 

Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida. Pare aqui e simplesmente SORRIA. "Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro, Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como se ninguém estivesse te observando." "O maior risco da vida é não fazer NADA." 

 Martha Medeiros

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ele permanece.

Por que você iria se queixar, ó Jacó, ou chorar, Israel, dizendo: "O Eterno se esqueceu de mim. Ele não se importa com o que acontece comigo!" ? Vocês não percebem nada? não prestam atenção? O Eterno não vem e vai. Ele PERMANECE. Ele é o criador de tudo que vocês conseguem ver ou imaginar. Ele não entra em estafa, não faz intervalo para recuperar o fôlego. Ele conhece tudo, nos mínimos detalhes. Ele fortalece os que estão cansados, renova as forças dos que desistiram. Pois até os jovens se cansam e desistem, os jovens na flor da idade tropeçam e caem. Mas os que esperam no Eterno renovam suas forças. Abrem suas asas e voam alto como águias. Correm e não se cansam, andam e não ficam exaustos. [Is 40.27-31]

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Do silêncio

O que você achou do último do Woody Allen? Ei, conta uma piada aí pra galera? Qual cor fica melhor, hein? Coloca uma musiquinha aí pra dar uma animada!

Não sei bem quando aconteceu, mas ficamos viciados em barulho. O silêncio se tornou um insuportável sinônimo de vazio, de falta e estamos sempre esperando por um comentário, uma opinião, qualquer ruído com um pouquinho de significado – ou não – para preencher uma lacuna que nos intimida e nos deixa constrangidos.

Será medo de pensarem que não temos nada de produtivo a acrescentar? Receio de acharem que a gente é bobo ou até mesmo meio burro?
É que o silêncio pressupõe uma intimidade que para muitos pode parecer assustadora e prescindir das palavras é revelar-se em completa nudez. A gente se sabe confortável e íntimo de alguém quando não tem necessidade de preencher os silêncios e descobre que eles fazem parte da conversa, da amizade, do cortejo. É quando nos damos conta de que a falta de barulhos não é constrangedora, mas confortável e bastante convidativa.

Silenciar é dar descanso aos ouvidos e colocar os olhos para trabalhar. Deixar que eles passeiem e tomem conta do assunto, que coloquem a conversa em dia e que, numa fração de segundo, trabalhem o que as cordas vocais não deram conta em horas e horas.
Olhos nos olhos, quero ver o que você me diz sem pronunciar uma única sílaba. Aí é que está o grande desafio.

Augusto Paz.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

“Sempre acreditei em recomeços, em segundas e terceiras chances. Acredito piamente na mudança de comportamento e na lapidação das motivações. Talvez eu seja uma iludida, mas é isso que tenho aprendido com Deus. Todas as manhãs, Ele me aponta o caminho, repete as velhas lições que sempre teimo em esquecer ou abandonar, diz que me ama e, quando me sinto perdida, coloca sinais imensos na estrada me mostrando por onde devo retornar. 


E sabe o que acho mais bonito? É que Ele faz tudo isso com um sorriso imenso.”

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Roy


Há uma alegria tão grande dentro de mim que eu preciso compartilhar com as pessoas. E queria compartilhar com você também.
Ontem à noite eu fui ao culto da MIRR... Lá estava um pastor do Texas, acho, Roy Sandirford. Eu tinha levado até um livro na bolsa caso ele começasse a falar de temas já bastante saturados dentro da igreja.
Mas não. Não sei se entendi, mas ele trabalha com jovens com problemas e distúrbios provenientes de uma má estruturação familiar. Acho que era isso. Não sei. Tanto faz. Ele começou a mostrar fotos e contar histórias de pessoas que morreram por se sentirem infelizes consigo mesmas, envolvidas com drogas, ou com transtornos como bulimia, etc.
Ele começou a mostrar que há muitos jovens com espírito de rejeição, e outros com o de rebeldia. Mostrou a diferença dos dois espíritos. Não lembro exatamente todas as características, mas lembro que enquanto os rejeitados se sentiam extremamente tristes, deprimidos, com medo, os rebeldes tinham um espírito amargo, suas atitudes já eram mais grosseiras, atacavam pra se defender do sofrimento. Achei bastante interessante a separação e a explicação de cada um.  Só não achei legal o fato de eu me encaixar nos dois perfis.
Foi então que o pastor Roy pediu para que a parte da frente fosse separada em duas: na direita, viriam os jovens que estavam se sentindo rejeitados, na esquerda, os rebeliados. Muita gente ficou sentada. Eu demorei a levantar. Não sabia pra que lado ir. Mas vi depois que não importava, fui pra qualquer um dos lados; a oração por mim ia ser feita de qualquer jeito.
É sempre um pouco [ou muito] vergonhoso assumir que você não está bem. Eu tive muita vergonha de estar ali. Mas depois de conseguir ver mais um pouco em quem eu havia me tornado, através da pregação dele, eu chorei muito. Eu pedia perdão a Deus pelas minhas más atitudes, por ter machucado tantas pessoas com minhas amarguras, e ainda estar machucando. Pedi a Deus pra que isso acabasse, que eu me tornasse uma pessoa feliz. E chorava. O pastor ia em cada um de nós e colocava a mão sobre a nossa cabeça. Ele demorou bastante quando chegou em mim. E foi embora. Muitas pessoas não oravam sozinhas. Outras que não se sentiam rejeitadas e rebeliadas foram orar junto com elas. Ninguém veio orar comigo. Tudo bem, de verdade. Isso não me fez chorar mais. Eu só fiz uma oração a Deus: “Deus, mais que uma oração agora, eu queria um abraço”. Tentei lembrar a última vez que eu tinha recebido um abraço e não consegui. Eu já estava levantando pra ir embora. O rosto tinha secado mais e não estava tão vermelho. Então o pastor vem a mim de novo, se ajoelha ao meu lado e pergunta: “Eu posso te dar um abraço?”. Netão traduzia o que ele dizia, mas nem era preciso. Eu disse que sim e então ele me abraçou. E ele acariciava minha cabeça como pai, me abraçava com carinho e eu apertava ele com força. E desatei a chorar de novo. O pastor Roy dizia: “Chora. Põe isso tudo pra fora. Tá tudo bem, agora. Calma. Deus está aqui e tá olhando pra você”.
Voltei pro meu lugar. Bruno veio atrás de mim, dizendo que queria me dar um texto bíblico. Salmo 32. Deus havia me perdoado.
Foi então que Marcela me viu também. Foi ela que me chamou pra ir ao culto. E ela me abraçou. Me abraçava tão forte, tão forte, que eu achava que ela ia me atravessar. E ela chorou no meu ombro. Mas chorava agradecendo a Deus por eu estar ali. E ela orava por mim e falava coisas pra mim ao mesmo tempo. “Sabe, Sara, não importa se você quebrou alguma coisa que poderia ser valiosa, você é bem-vinda na casa do seu pai. (...) Lembra de Davi? Quando ele teve que enfrentar o gigante? Esquece a armadura, Sara. Ela não é sua. Ela não cabe em você. Deus tá do seu lado, ele é sua armadura”. E ela dizia muito mais coisas, e chorava, e orava. Aquela Marcela louca, falava de Deus pra mim. E quando acabou o culto ela me disse muito mais coisas.
Eu saí dali cansada fisicamente, mas tão leve espiritualmente.
Sabe, pela primeira vez em muito tempo, eu me sinto bem. Não me sinto só, mesmo quando estou só. Me sinto fortalecida. Deus tem falado muita coisa comigo nessa semana, tem cuidado de mim de uma forma extraordinária. Eu sinto ele tão perto que é como se eu pudesse ouvir a sua respiração. Mas há ainda muita coisa a ser feita em mim, muita coisa a ser melhorada. Preciso me tornar uma pessoa melhor pra mim e pra Deus, e não para as outras pessoas. Isso pode parecer egoísta, mas descobri que não é. Porque é impossível amarmos e sermos amado pelos outros se nós não somos amados por nós mesmos.

Shakspeare ou Severino, tanto faz...


Roger Chartier, grande mestre da história da leitura, e de quem eu me tornei fã, disse que esquecemos e esqueceremos nossas leituras e aprendizagens por estarem apoiadas nessa coisa tão passageira, frágil e vadia que é a nossa memória. Mas ele também diz que, opostamente a isso, está a escrita, que acumula, estoca, registra e resiste ao tempo.
Baseando-me em Chartier, apresento este trabalho que tem por finalidade maior não esquecer coisas que estão na minha memória, passando-as então para esse arquivo, para esse novo “local de memória”, que é a folha cybernética na qual eu agora escrevo.
Ontem eu reli umas “aprendizagens” que, segundo dizem, foram de Shakespeare. Será? Não sei. Mas mesmo que não tenha sido ele, com certeza foi outra pessoa, e se pelo menos uma pessoa aprendeu realmente o que foi dito, então ela ganhou uma vida nova.
Eu também ganhei vida nova esses dias [um viva pra mim, por favor?]; me libertei de uma prisão que eu sempre soube que existia, mas que eu achava que era necessária para poder ser uma “boa moça”. Besteira. E uma primeira coisa que posso dizer que aprendi [ou que compreendi] é que aprisionei pessoas junto comigo, porque para elas chegarem até mim, teriam de entrar na minha... jaula? Ok. Sem muito drama.
Por falar em drama, posso dizer algumas coisas que aprendi sobre drama. Parece que ele faz sentido em alguns momentos da nossa vida, quando sofremos principalmente, e que é uma maldade muito grande exigir que as pessoas engulam seu choro e vivam como se nada tivesse acontecido com elas. Mas... eu aprendi também que os problemas que geram nossos dramas tem exatamente o tamanho, a profundidade e a largura que damos a eles. Às vezes, ou sempre – para muitas pessoas – nos concentramos tanto num problema, olhamos tanto para ele que parece que ficamos hipnotizados; nossa visão fica turva e tudo começa a parecer maior do que realmente é. E parece bobo e óbvio o que vou dizer, mas um problema vai ser sempre um problema, enquanto só o tratarmos como problema.
Ainda dentro do contexto drama, me reporto ao meu maior drama, e que exatamente por ele ser MAIOR e MEU, é que tenho autoridade e autonomia para falar dele [talvez não tanto sobre ele.. ainda estarei sempre aprendendo]. Eu era quase a Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque. Cresci e me apoiei no medo para fazer quase tudo nessa minha vida. Descobri que o medo suga nossas forças, tira a nossa alegria, o nosso vigor, amarela nosso sorriso, afrouxa nosso abraço, descompassa nossa caminhada. Por causa do medo, a gente sente [do verbo sentimento] estranho e até errado. O medo atrasa nossa vida, nos impede de tentar, e quando conseguimos uma forcinha para arriscarmos alguma coisa, estamos tão cheios de medo, que acaba dando tudo errado, mesmo com todo o desejo do nosso coração de que aquilo dê certo. Se nós temos medo de machucar uma pessoa, então iremos machucá-la. Se temos medo de errar com ela, provavelmente é o que vai acontecer; se temos medo de amar, ficaremos perdidamente apaixonados; se não queremos que ela descubra nossos defeitos, ela os descobrirá antes mesmo da maioria de nossas qualidades.
 E mais do que isso e do que os outros, se a gente tem medo de tentar, de arriscar, de dar nossa cara a tapa, de ser o que deveríamos ter sido se o medo não nos impedisse, a gente atrasa a nossa vida e, em muitos casos, para de viver. O medo rouba nós de nós mesmos, acaba com nossa personalidade, nosso lugar no mundo. Se a gente não parar de ter medo de se envolver com medo de sofrer, com certeza jamais teremos o que dizer para nossa posteridade, no final da nossa vida – se é que iremos chegar lá, com tanto medo de viver[Jabor mexeu comigo]. Aprendi que quebrar a cara, chorar, sofrer, rir, se divertir, amar – e deixar ser amado, o que para muitos, dentre os quais, eu mesma, é até mais difícil... tudo isso, faz parte da vida.
Uma vez eu acreditei que se uma pessoa realmente me amasse, ela não me faria sofrer, e nem eu a ela. Acreditei que era só um e outro tentar ser perfeito e agir com a máxima perfeição que ninguém se machucaria e todos seriam felizes para sempre. Uma vez eu acreditei que o “felizes para sempre” era a mesma coisa que “felizes sempre”. Contos de fadas são verdadeiras armadilhas sentimentais e linguísticas.
Uma vez me ensinaram que amor não era só um sentimento, mas mais do que isso, era uma prática. Pelamordedeus, eu sou nova e boba ainda, e um dia posso contradizer o que digo agora, mas acho que o verdadeiro amor se descobre em nós quando choramos e sofremos por alguém. E se uma pessoa não está disposta a passar por isso, então ela não vai descobrir nunca o que é amar, pelo menos não profundamente [nota: sempre achei a palavra profunda muito profunda, mas profundamente é muito pior.. sinto que me perco nela].
Não sustento aqui que amor e sofrimento são a mesma coisa, mas que um sem o outro não são plenos. “Não há nada que nos faça amar mais uma pessoa quanto orar por ela”. E como isso é verdade.
Aprendi também que a religião não define caráter. Na verdade, esse negócio de religião é um beco sem saída. A gente se martiriza por não trabalhar em algo na igreja, não porque aquilo faz diferença para nós, mas porque faz diferença para nós não sermos como todos os outros. Igreja é um lugar de vaidade. Assim como todo o resto do mundo. Acredito que igreja é um lugar de salvação sim, deusquemelivre de desejar o fim deste lugar, mas não posso omitir que igreja pode ser um lugar onde muita gente se perde. E as pessoas não se perdem porque não são eleitas, não – salve, presbiterianos! – mas porque não cuidamos delas, pensando em nós mesmos e na nossa imagem. Todos queremos ser líderes; os mais responsáveis, os mais bem quistos, mais bem vistos, os mais bem vestidos – e isso muitas vezes é o mais importante -, os chamados, os da banda, os cantores, os dançarinos, os populares, os amigos do pastor... e os que visitam só querem saber o que está acontecendo. Não estou ressentida com a instituição IGREJA, mas estou ressentida que em nome de toda essa vaidade e ideais mesquinhos, ela tenha me mostrado um Deus que não existia. Um Deus que dizia – ou parecia dizer –, paradoxalmente, que não eram as minhas obras que me salvariam, mas que eu estaria perdida sem elas. Que me falava de graça com exemplos de lei. Que me ensinou a julgar aqueles pecadores dos dançarinos, dos batedores de palmas, dos bateristas, guitarristas, baixistas e muitos outros pobres istas que só queriam adorar de uma forma mais alegre pra um Deus tão severo, que jamais sorriria ao receber nossos louvores; apenas diria: “tá bonzinho, mas ainda não está perfeito”. Estou ressentida porque me ensinaram que eu deveria buscar a perfeição a todo o custo, mesmo que isso me custasse tudo. Me custou muita coisa sim. Mas o Deus que nunca sorria, sorriu um dia pra mim, me acordou do hipnotismo e eu caí nos seus braços sem força, meio desacordada, sem entender o que estava acontecendo. Então, como eu disse, ele sorriu pra mim e disse: “está tudo bem agora.. pronto.. passou..”. E alisou minha cabeça e me abraçou forte e me pôs de pé e disse que cuidaria de mim pessoalmente a partir dali [obrigada, Senhor pela vida do pastor Roy que foi usado naquele dia]. Talvez, eles nunca descubram isso. Mas eu espero que sim.
Eu disse que aprendi. Mas talvez seja melhor dizer que ainda estou aprendendo. Isso pode levar uma vida inteira. E espero realmente que dure, porque parar de aprender é parar de viver. Quero ser diferente, e quero ser melhor. Mas é impossível se tornar uma pessoa melhor se não tivermos sido as piores primeiro.
Confesso que ainda tenho medo, e que, provavelmente, ele vai estar presente sempre. Longedemim querer me tornar a mulher maravilha, a super mulher, a rainha dos baixinhos, casar com o Ken [eu sempre quis ter um, mas ele não faz mais meu tipo]. Mas a diferença entre “ter medo” e “ter medo”, que não parece nenhuma, é que no primeiro, ou no segundo, tant pis, você o tem, mas o domina e o utiliza para o bem [como, exatamente, eu ainda não sei, mas se eu não morrer até lá, escrevo um livro sobre isso] e não permite que ele te impeça de arriscar. O medo nos diz que podemos sofrer se arriscarmos. É lógico! Todo tipo de risco tem conseqüências, mas deixar de tentar por medo... eunãodigomaisénadasobreissodescubravocêsozinho...
Tenho aprendido também que amor é uma coisa rara. Hoje as pessoas estão ocupadas e preocupadas demais consigo mesmas para perder tempo com esse negócio falido. É melhor comprar um presente que resolve tudo, não é? No Natal a gente fala de amor, afinal, estamos todos de férias, sem nada mais importante pra fazer, então dá pra fazer uma reuniãozinha, chamar alguns parentes, fazer algumas orações, trocar presentes, comer até se fartar e depois dormir, e esperar mais 365 dias para a próxima demonstração de amor.
Hoje o amor é DESCARTÁVEL. Estragou? Arruma um novo.
Não deu certo com aquele(a)? Vai aparecer outro, afinal, tem tanto homem no mundo... É muito mais fácil esquecer, do que insistir no que se acredita.
Muita gente acha que o que vai contra o amor é o ódio. Não penso assim. Pra mim, é a INDIFERENÇA. Quando sentimos ou demonstramos ódio por alguém, pelo menos estamos demonstrando e sentido algo por alguém. Mas quando somos indiferentes... não há nada que possa machucar mais uma pessoa do que ignorá-la, fingir que ela não existe, que ela não está ali, que ela não falou com você, por isso você não precisa responder. Isso pode magoar tanto que pode haver causas irreversíveis.

Obrigada Shakespeare, ou Severino, ou Juliana.... seja lá quem tiver escrito aquilo...
Sabe aquelas horas em que a gente para e se pergunta se está fazendo a coisa certa? É agora. A única coisa que sei é que me sinto triste. Não hoje, não ontem, mas tenho me sentindo assim ultimamente. Às vezes a dor vem leve, e eu finjo que ela não está ali; outras vezes ela vem forte e pesada, e eu deito um pouco e deixo ela doer, até ela se cansar de me maltratar ou até meu coração não sentir mais nada...


é. 
droga.

coisas que a gente vai aprendendo com o tempo e dentro da gente...


Às vezes penso que é complicado, mas na grande maioria das vezes penso que não; que é exatamente o contrário, que é algo muito simples e para que se concretiza só basta querer. Não sei se quero alimentar falsas esperanças, porque pra mim, agora, elas são falsas. Acho que já não há mais nenhum deserto. Acho que a paixão se foi e sem ela eu não consigo viver. Sinto falta do abraço espontâneo, do beijo apaixonado, dos olhos apaixonados, das palavras de saudade que nunca tinham hora certa. Do frio na barriga de receber uma mensagem ou uma ligação inesperada. Sinto falta de ser amada; de me sentir completa; de sentir que não preciso de mais nada ao meu redor, pois tudo o que eu tenho está ali. E acho que é exatamente por isso tudo, que preciso me desligar dele. Estou tentando caminhar, acreditar, como forças que não tenho. Fiz tudo o que eu podia. Eu tenho certeza disso agora. Mas por mais que eu ame, e ame muito mesmo, não posso viver com uma pessoa que a cada passa a frente que dá, dá dois atrás.. ou três, ou quatro.. uma pessoa que parece que sempre irá preferir se agarrar ao que de pior aconteceu para justificar o fato de não querer tentar de novo. Uma pessoa que sente tanto medo daquilo que não pode controlar, tanto medo, que perde a fala, o brilho dos olhos, a saúde, a paixão pela vida. Não posso continuar com uma pessoa que tem se casado com o seu trabalho por não conseguir viver sua vida e enfrentar seus próprios problemas na maioria do seu tempo e dos seus dias. Uma pessoa indecisa, insegura, que vive dentro de uma zona de conforto da qual ele faz questão de ser impossível sair. Na verdade, talvez eu até “possa” viver com uma pessoa assim, sim. Mas eu não quero. Porque eu lutei muito para sair desse tipo de vida que eu também levava, e acho que estou conseguindo, e hoje eu tenho medo de voltar a ter medo de tudo. Eu me importei. Tentei não ter uma atitude egoísta dizendo a ele que se virasse na sua vida que agora eu ia embora. Tentei fazer o que eu pude para ajudar, tentei ajudar como eu podia, mas às vezes acho que é impossível, porque mudar é algo que exige disposição, vontade, fé, e parece que ele não tá disposto a sair da sua zona de conforto e enfrentar a própria vida. Acho que existem coisas que são importantes, e existem coisas que são essenciais para a vida. As importantes são aquelas que precisamos ter em nossa vida, que nos faz crescer, nos ajuda a nos tornar pessoas melhores. Mas as essenciais são aquelas que define quem nós somos ou quem queremos ser, que nos apresenta ao mundo. E quando nos desligamos das coisas essenciais para só cuidarmos das importantes, nossa vida fica vazia, sem força, sem vida. Um dia, acho que percebi isso e fiz o que pude para mudar de lado. E, com a melhor da minha intenção, tentei trazer ele também. Mas não. A inércia do conforto não o permite se mover. E parece que para ficar com ele, terei que voltar para o lado que eu estava.E, repito, por mais que eu o ame, não quero voltar para a posição em que eu estava. E mais do que tudo, quero amor; quero paixão. É dela que sinto mais falta, porque até isso o medo me roubou.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

E a gente tenta acertar. Sempre. Mas descobre [errando] que não dá. Queria ter vontades nas horas certas, fazer tudo certo, uma vez. Mas Veríssimo me dá outro conselho, em bom tempo. Obrigada, amigo.

Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, 
não existe uma pessoa certa pra gente 
Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é,
na verdade, a pessoa errada 
Porque a pessoa certa faz tudo certinho 
Chega na hora certa
Fala as coisas certas
Faz as coisas certas
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas 
Aí é a hora de procurar a pessoa errada 
A pessoa errada te faz perder a cabeça 
Fazer loucuras 
Perder a hora 
Morrer de amor 
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar 
Que é pra na hora que vocês se encontrarem 
A entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa 
Essa pessoa vai te fazer chorar 
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas 
Essa pessoa vai tirar seu sono 
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível 
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão 
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado 
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você 
Vai estar o tempo todo pensando em você 
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo 
Porque a vida não é certa 
Nada aqui é certo 
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo 
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo 
E só assim é possível chegar àquele momento do dia 
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo" 
Quando na verdade 
Tudo o que Ele quer 
É que a gente encontre a pessoa errada 
Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.
Nossa missão:
Compreender o universo de cada ser humano, 
respeitar as diferenças,
brindar as descobertas, 
buscar a evolução. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ela: Se eu ficar feia?
Ele: Eu fico míope.
Ela: Se eu ficar triste?
Ele: Eu viro... um palhaço.
Ela: Se eu ficar gorda?

Ele: Eu quebro o espelho.
Ela: Se eu ficar velha?
Ele: Eu fico velho junto.
Ela: Se eu ficar rouca?
Ele: Eu fico surdo.
Ela: Se eu ficar chata?
Ele: Eu te faço cócegas.

"O importante na vida é ter com quem contar!"

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

“Não é aquele que critica que tem importância, nem quem aponta os tropeços dos fortes ou diz o que poderia ter sido feito de forma melhor. O crédito pertence ao homem que está realmente na arena, cuja face está desfigurada pela poeira, suor e sangue, que se empenha corajosamente, que erra, falha e torna a falhar, porque não há conquista sem enganos e equívocos. O crédito pertence a quem é devotado, a quem se dedica a uma causa nobre, a quem, na melhor das hipóteses, conhece o triunfo das grandes realizações e que, se fracassa, será porque ousou de forma admirável, sabendo que seu lugar jamais será entre as almas hesitantes e com medo de errar, que não conhecem a vitória, nem a derrota.” Theodore Roosevelt

Um abraço,
Otilina

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quando fui chuva..



Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer,
Acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deixar viver!
Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca
E, mesmo que eu me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela
"Deixe seu amor ser como as chuvas de neblina, vindo baixinho, mas inundando o rio" .......♥♥♥

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma.


[Clarice]